Gostaria de dizer por aí que meu coração é trancado a sete chaves, mas a verdade é que ele não é. E aí, no calor do momento, as pessoas me perguntam meus segredos, questionam meus sentimentos e querem entender o que se passa pela minha cabeça. Eu sou transparente. Sou mar aberto que chega sem previsão e afoga os que não estão preparados. E se quer saber, eu odeio essa metáfora, mas ela é real. Nunca aprendi a ficar na beirinha e me precaver de qualquer problema, eu vou mesmo é para o fundo e mergulho de cabeça, sem pensar na possibilidade de algo dar errado.
Não me interessa se uma situação levou um dia ou um ano para se desenrolar, o sentimento de intensidade sempre vai ser o mesmo. Acho que por isso nunca fui de brincar com os sentimentos alheios também. Aquele clichê que a gente leva como conselho na adolescência do "pega, mas não se apega" nunca me serviu, de fato. E não digo isso só para os romances, digo, também, para qualquer que seja o caso. Amizades que se quebraram, atitudes que não deveria ter sido tomadas, pessoas que foram embora. Tudo me baqueia na mesma proporção que me faz crescer, amadurecer.
Eu sou mar aberto.
Quando alguém me conhece, percebe um muro de incompatibilidades, e, então, desiste. Para se ter uma ideia, grande parte dos desconhecidos que passaram por mim não tiveram a mínima coragem de ir para o fundo. Eles ficaram na areia, esperando uma ondinha para ver até onde iria. Foi só isso. Mal molharam os pés.
Outros, no entanto, já se afogaram. Não esperavam as reviravoltas. E acredito que seja esse o problema, sabe? É que não tem um equilíbrio nessa história. Talvez eu goste tanto do 8 ou 80 que minha vida se tornou um espelho disso. Ou vai, ou fica.
Por um lado, deveria ser grata. Por outro, fico pensando no quanto isso me afeta. Há dias, por exemplo, que finjo não existir. Saio de casa no automático e volto no mesmo ritmo. Não olho nos olhos de ninguém, assim como a maioria das pessoas já faz por costume. Deixo estar, entende?
Por vezes, penso que só gostaria de conhecer alguém que tivesse essa mesma profundeza, e que não recuasse no primeiro sinal de tempestade.
Não me interessa se uma situação levou um dia ou um ano para se desenrolar, o sentimento de intensidade sempre vai ser o mesmo. Acho que por isso nunca fui de brincar com os sentimentos alheios também. Aquele clichê que a gente leva como conselho na adolescência do "pega, mas não se apega" nunca me serviu, de fato. E não digo isso só para os romances, digo, também, para qualquer que seja o caso. Amizades que se quebraram, atitudes que não deveria ter sido tomadas, pessoas que foram embora. Tudo me baqueia na mesma proporção que me faz crescer, amadurecer.
Eu sou mar aberto.
Quando alguém me conhece, percebe um muro de incompatibilidades, e, então, desiste. Para se ter uma ideia, grande parte dos desconhecidos que passaram por mim não tiveram a mínima coragem de ir para o fundo. Eles ficaram na areia, esperando uma ondinha para ver até onde iria. Foi só isso. Mal molharam os pés.
Outros, no entanto, já se afogaram. Não esperavam as reviravoltas. E acredito que seja esse o problema, sabe? É que não tem um equilíbrio nessa história. Talvez eu goste tanto do 8 ou 80 que minha vida se tornou um espelho disso. Ou vai, ou fica.
Por um lado, deveria ser grata. Por outro, fico pensando no quanto isso me afeta. Há dias, por exemplo, que finjo não existir. Saio de casa no automático e volto no mesmo ritmo. Não olho nos olhos de ninguém, assim como a maioria das pessoas já faz por costume. Deixo estar, entende?
Por vezes, penso que só gostaria de conhecer alguém que tivesse essa mesma profundeza, e que não recuasse no primeiro sinal de tempestade.